Aus Pindamonhangaba nach Joachimsthal – Impressionen unserer brasilianischen Austauschschülerin

Hallo, ich heiße Júlia B. Canuto, bin Brasilianerin und komme aus Pindamonhangaba, einer Stadt im Landesinneren von São Paulo, deren Namen hier in Deutschland fast niemand auf Anhieb aussprechen kann. In Brasilien war ich mitten in der zweiten Klasse der Oberstufe, als ich beschloss, hier in Deutschland einen neuen Lebensabschnitt zu beginnen. Ich bin jetzt in der 10. Klasse des Freien Joachimsthal Gymnasiums. Schon als Kind träumte ich von einem Schüleraustausch, doch der Gedanke wurde immer stärker, als ein Freund von mir aus Finnland zurückkam und mir von seinen Erfahrungen erzählte. Von da an recherchierte ich über Kulturen, Klimazonen und Möglichkeiten verschiedener Länder, und Deutschland wurde für mich immer besonderer. Mein Vater war schon immer begeistert von dem Land, unsere Familie hat deutsche Wurzeln, und ich selbst war fasziniert von der Geschichte, der Sprache und sogar von der Vorstellung, endlich die Kälte und den Schnee zu erleben, die ich bisher nur aus dem Fernsehen kannte.

Hier anzukommen war wie der Eintritt in eine andere Welt – im positiven Sinne. Ich habe in der Schule Freundschaften geschlossen, von denen ich jetzt schon weiß, dass sie ein Leben lang halten werden. Auch wenn ich mit der Sprache noch etwas Schwierigkeiten habe, helfen die Freunde und Freundinnen mir, erklären mir Dinge, sind geduldig und beziehen mich immer in Arbeitsgruppen ein. Nach und nach merkte ich, dass die Menschen, obwohl sie anfangs etwas zurückhaltend wirken, sich als äußerst herzlich, aufmerksam und lustig erweisen. Meine Gastfamilie ist ebenfalls wunderbar; sie ist witzig, verständnisvoll und gibt mir das Gefühl, ein Teil ihres Alltags zu sein. Das macht meinen Aufenthalt viel angenehmer und unbeschwerter.

Die kulturellen Unterschiede sind allgegenwärtig, und das ist einer der spannendsten Aspekte dieser Erfahrung. Die Sicherheit zum Beispiel ist ganz anders; Pakete vor den Häusern zu sehen, ohne dass sich jemand darum kümmert, wäre in Brasilien undenkbar. Auch das Essen ist hier ganz anders; die Menschen essen viel Kartoffeln und Schweinefleisch, während ich hauptsächlich Rindfleisch, Hühnchen und Reis mit Bohnen gewohnt war. Aber ich entdecke neue Geschmacksrichtungen und genieße sie sehr. Die Natur ist vielleicht eines der Dinge, die mir am besten gefallen; die Städte sind unglaublich grün, selbst Berlin wirkt wie ein einziger großer Park. In Brasilien, trotz seines Rufs als „Waldland“, sind die Naturgebiete stärker von den Städten getrennt. Hier scheint alles harmonisch ineinander überzugehen, und das gefällt mir sehr.

Mit der Zeit merke ich auch, wie ich mich weiterentwickle, selbstständiger werde und mich selbst besser kennenlerne. Ich verstehe schon, was die Leute auf Deutsch sagen, obwohl ich mich beim Sprechen noch unsicher fühle, weil ich Angst habe, Fehler zu machen. Aber ich weiß, dass das auch zum Lernprozess dazugehört. Jeden Tag sehe ich meine Fortschritte, und das motiviert mich ungemein. Am Ende meines Austauschjahres möchte ich so gut Deutsch wie möglich sprechen, durch Deutschland reisen und Städte wie Köln und München besuchen. Ich hatte bereits die Gelegenheit, Hamburg zu besuchen, und es war fantastisch, obwohl das Wetter nicht besonders schön war.

Ein weiteres unerwartetes Geschenk dieses Austauschprogramms war die Begegnung mit Menschen aus aller Welt. Ich habe Freundschaften mit Studierenden aus Argentinien, Mexiko, Chile, den USA, Australien, Spanien, Frankreich, Italien und vielen anderen Ländern geschlossen. Es ist wirklich etwas Besonderes, wie schnell wir trotz unserer völlig unterschiedlichen Kulturen Verbindungen knüpfen. Wir verabreden uns regelmäßig, unternehmen Ausflüge und führen angeregte Gespräche, was die Erfahrung noch mehr bereichert. Und natürlich werde ich meine Freunde aus Deutschland sicher noch oft besuchen kommen.

Alles hier war neu, herausfordernd und gleichzeitig wunderschön. Und jeder Tag bestätigt mir, dass die Entscheidung für Deutschland die richtige war.

Júlia B. Canuto

Olá meu nome é Júlia B. Canuto, sou brasileira e venho de Pindamonhangaba, uma cidade do interior de São Paulo cujo nome quase ninguém aqui na Alemanha consegue pronunciar na primeira tentativa. No Brasil, eu estava na metade do meu segundo ano do ensino médio quando decidi começar uma nova fase aqui na Alemanha. Estou cursando a 10ª série na escola Freies Joachimsthal Gymnasium.

Desde pequena eu sonhava em fazer intercâmbio, mas a ideia ganhou força quando um amigo meu voltou da Finlândia contando suas experiências. A partir daí, comecei a pesquisar culturas, climas e possibilidades de países e a Alemanha foi se tornando cada vez mais especial para mim. Meu pai sempre foi apaixonado pelo país, nossa família tem raízes alemãs, e eu mesma fui me encantando com a história, a língua e até com a ideia de finalmente viver o frio e a neve que eu só via na televisão.

Chegar aqui foi como entrar em outro mundo, mas de um jeito bom. Fiz amizades na escola que já sinto que vou levar para a vida inteira. Mesmo quando ainda travo um pouco com a língua, elas me ajudam, explicam, têm paciência e sempre me incluem nos grupos de trabalho. Aos poucos percebi que, embora as pessoas pareçam mais fechadas no começo, elas se revelam extremamente acolhedoras, atenciosas e divertidas. Minha família anfitriã também é maravilhosa, eles são engraçados, compreensivos e me fazem sentir parte da rotina deles, o que deixa tuda a minha experiência muito mais leve e divertida.

As diferenças culturais aparecem o tempo todo, e isso é uma das partes mais interessantes da experiência. A segurança, por exemplo, é muito diferente ver encomendas deixadas do lado de fora das casas e ninguém se preocupar com isso é algo que nunca fariamos no Brasil. A comida também é bem diferente aqui se come muita batata e carne de porco, enquanto eu estava acostumada principalmente com carne de boi, frango e todos os dias arroz com feijão. Mas estou descobrindo sabores novos e tenho gostado bastante. A natureza talvez seja uma das coisas de que eu mais gosto as cidades são incrivelmente verdes, até mesmo Berlim parece um grande parque. No Brasil, apesar da fama de “país da floresta”, as áreas naturais ficam mais separadas das cidades. Aqui, parece que tudo se mistura de um jeito muito bonito, e eu adoro isso.

Com o tempo, fui percebendo também como estou crescendo, me tornando mais independente e me conhecento cada vez mais. Já consigo entender o que as pessoas dizem em alemão, mesmo que ainda me bata uma insegurança na hora de falar, porque fico com medo de errar, mas sei que isso também faz parte do aprendizado. Mas cada dia percebo minha evolução e isso me motiva ainda mais. Quero, até o fim do ano de intercâmbio, falar alemão máximo e o melhor possível, quero viajar pela Alemanha e conhecer cidades como Colônia e Munique. Hamburgo já tive a chance de visitar e foi incrível, apesar do clima não estar muito agradável.

Outro presente inesperado desse intercâmbio foi conhecer gente do mundo inteiro. Fiz amizade com estudantes da Argentina, México, Chile, Estados Unidos, Austrália, Espanha, França, Itália… É muito especial como criamos laços tão rápido, mesmo vindo de culturas totalmente diferentes. Sempre combinamos encontros, passeios, conversas e isso deixa a experiência ainda mais rica. E obviamente meus amigos da Alemanha, tenho certeza que vou voltar varias vezes para visita-los.

Tudo aqui tem sido novo, desafiador e ao mesmo tempo muito bonito. E cada dia confirma que ter escolhido a Alemanha foi a decisão certa.

Júlia B. Canuto

[Fotos: privat]